Após um longo período de discussões, a Reforma Tributária começa a sair do papel e promete mudar estruturalmente o sistema de impostos no Brasil a partir de 2026. Empresas de todos os setores devem se preparar para um período de adaptação e, nesse cenário, soluções tecnológicas e boas práticas de governança corporativa são consideradas as principais aliadas na transição para o novo modelo fiscal.

A transição para o novo modelo promete ser desafiadora para as empresas, que precisarão reestruturar suas operações financeiras e contábeis para se adequarem às novas regras. Diante desse cenário, a adaptação ao novo regime exigirá investimentos em tecnologia e capacitação. Sistemas contábeis precisarão ser atualizados, e as equipes financeiras terão de compreender as novas alíquotas e regras de compensação de créditos tributários. 

Especialistas afirmam que, empresas que não se prepararem correm o risco de enfrentar problemas operacionais e até penalidades por não conformidade. Para Marcos Gimenez, CEO da Bravo — empresa pioneira em Digital Tax — a implementação da Reforma Tributária exige uma abordagem pautada na estratégica, na governança e na eficiência, elementos fundamentais para garantir uma transição fluida e bem-sucedida.

“A transformação fiscal causada pela Reforma vai exigir mudanças em toda a estrutura do negócio — incluindo diversos setores, como logística e vendas, que terão de revisar seus processos para mitigar mais impactos tributários”, explica Gimenez. Segundo o executivo, o conceito de governança corporativa anda lado a lado com a Reforma Tributária, por envolver critérios de gestão estratégica, transparência e conformidade das empresas diante das novas regras fiscais. 

“A antecipação de desafios e oportunidades permite que as empresas se adaptem às mudanças com planejamento e clareza. Pensando na reestruturação de processos e a adaptação aos novos sistemas contábeis, a capacitação de profissionais e a implementação de novas tecnologias se tornam fundamentais para manter uma operação eficaz e alinhada com as boas práticas de governança”, destaca Gimenez.

Eficiência tecnológica para uma gestão mais estratégica e transparente

A simplificação do sistema tributário é vista como um avanço positivo; porém, a real eficácia da reforma dependerá da regulamentação e da implementação prática das novas regras. O planejamento tributário ganhará ainda mais relevância nesse cenário. Contadores e advogados tributaristas serão peças-chave para orientar empresas sobre as melhores estratégias para manter a rentabilidade e evitar autuações fiscais, garantindo, ao mesmo tempo, a transparência na gestão fiscal.

No entanto, conforme demonstra uma pesquisa realizada pelo Thomson Reuters Institute com 179 profissionais da área contábil, 61% afirmaram que não estão preparados ou não possuem um planejamento estruturado para a Reforma Tributária. Outra pesquisa do instituto aponta que 74% dos profissionais de departamentos fiscais e tributários de grandes empresas acreditam que a reforma trará uma sobrecarga de trabalho a partir de 2026. 

Diante deste cenário, Marcos Gimenez destaca que as empresas devem se preparar para as novas condições de trabalho destes profissionais, que precisarão lidar com todas as nuances das novas medidas e com a nova carga de trabalho. O executivo destaca a importância de estratégias para a retenção e valorização de talentos. 

Segundo Gimenez, as novas exigências do mercado vão exigir profissionais cada vez mais qualificados, o que pode gerar uma alta demanda por especialistas e mais competitividade no mercado. “Em termos de eficiência e governança, uma das principais soluções é a implementação de plataformas e ferramentas tecnológicas para a adaptação dos novos processos, além do investimento em capacitação das equipes”, explica.

Outro ponto crítico é o período de transição. A proposta prevê um prazo de adaptação que pode durar até oito anos, durante os quais o modelo atual coexistirá com o novo. No entanto, o especialista aponta que a complexidade desse processo pode gerar insegurança jurídica e impactos na previsibilidade financeira das empresas.

“A transição para o novo sistema tributário será desafiadora, pois há muitas questões regulatórias que ainda precisam ser esclarecidas. Isso pode resultar em insegurança jurídica, especialmente para empresas que operam em diferentes estados e precisam lidar com legislações distintas. Ter uma governança fiscal bem estruturada e alinhada com soluções tecnológicas baseadas em dados, será essencial para minimizar esses impactos”, explica Gimenez.

Durante o Synergy 2025, evento organizado pela Thomson Reuters focado na Reforma Tributária, a Bravo apresentou o Bravo Intelligence Hub, plataforma desenvolvida para centralizar a gestão empresarial e consolidar dados estratégicos em uma plataforma única e inteligente. A plataforma capacita gestores a tomarem decisões embasadas em dados, por meio do Bravo Data Vision. Esse módulo, estruturado em cinco áreas principais, permite a integração com sistemas ERP e a análise de dados de múltiplas fontes. 

Essa é apenas uma de suas soluções tecnológicas da empresa para a desburocratização de processos contábeis, tributários e financeiros. Com a centralização e automação de informações, as empresas poderão garantir maior conformidade regulatória e mitigar riscos, fortalecendo a governança fiscal durante a adaptação aos novos padrões.

Para Rodrigo Reis, diretor tributário da empresa de transportes 99 — um dos clientes da Bravo que utiliza o Intelligence Hub —, o período de transição exige que o departamento fiscal esteja alinhado com os objetivos da empresa e atento às variações e aos números, para uma gestão estratégica e manter a competitividade no mercado.

“Nós, enquanto área tributária, precisamos entender as variações e o que acontece com o nosso tema. Enquanto compliance, precisamos basicamente analisar números, e acredito que temos informações suficientes e detalhadas para que possamos tomar decisões e posicionar nossa empresa de forma ainda mais competitiva”, destaca.

Comunicação e simplificação no sistema tributário 

A transparência na comunicação entre governo e setor empresarial será essencial para evitar gargalos no processo de transição. Representantes do setor produtivo já cobram maior diálogo e clareza sobre a aplicação prática das novas normas. Do ponto de vista econômico, a expectativa é que, no longo prazo, a simplificação do sistema tributário contribua para o crescimento do país, reduzindo a burocracia e incentivando investimentos. No entanto, os desafios de curto e médio prazo não podem ser ignorados.

Para superar os desafios dessa transição e melhorar a comunicação dessas novas regras, o governo federal aposta na tecnologia para minimizar dificuldades na arrecadação governamental e na implementação de políticas públicas. Entre as inovações, dois sistemas se destacam: o split payment e o cashback. Ambos têm o potencial de impactar diretamente consumidores, empresas e a administração pública.

O split payment é um modelo de arrecadação tributária que busca evitar a evasão fiscal e garantir que os tributos sejam recolhidos de forma automática. No sistema tradicional, as empresas recebem o valor total de uma venda e, posteriormente, repassam os impostos ao governo. Com o split payment, essa dinâmica muda: no momento da transação, a parcela correspondente ao tributo é automaticamente separada e enviada diretamente ao fisco.

Frente a essas novidades, Regina Calil, vice-presidente da Bravo, afirma que as empresas que adotarem um modelo mais simplificado e automatizado sairão na frente no contexto da reforma: “A Reforma Tributária representa um grande avanço na desburocratização do sistema fiscal. Empresas que já estiverem alinhadas com essa lógica de simplificação e tiverem a tecnologia como sua principal aliada, terão uma transição mais fluida e menos onerosa”, destaca.

Segundo Danielle Guerra, gerente de Marketing e Comunicação da Bravo, a digitalização do setor tributário é primordial para facilitar a dinâmica das empresas: “Em meio a tantos desafios que a nossa área tributária oferece, a importância de ter uma experiência melhor enquanto usuário é essencial. A transformação digital simplifica a jornada dos clientes, conectando-os a soluções tecnológicas e garantindo agilidade e eficiência em suas operações”, afirma.

Por fim, Marcos Gimenez reforça a importância da simplificação em momentos de instabilidade. “Este momento de transição não precisa ser difícil. Com objetividade e clareza dos dados, os gestores terão condições de planejar seus próximos passos e garantir a sustentabilidade de seus negócios”.

Sobre a Bravo

A Bravo é uma empresa especialista em soluções inteligentes para simplificar as operações das áreas financeira, fiscal e contábil. Com mais de uma década de atuação, mais de 200 mil obrigações fiscais entregues anualmente e 50 bilhões de reais em impostos apurados, faz o desenvolvimento de tecnologia própria, é pioneira no uso de Robotic Process Automation (RPA) e inteligência artificial, além de utilizar serviços automatizados de Business Process Outsourcing (BPO 4.0) para a otimização das rotinas fiscais.

A empresa conta com um suporte constante que sustenta as operações das soluções fiscais, agindo imediatamente na origem de qualquer problema. A equipe multidisciplinar atua no acompanhamento e garante a detecção, o diagnóstico e a resolução de demandas com rapidez e eficiência.

O objetivo da Bravo é revolucionar a gestão contábil, fiscal e financeira, levando melhores condições de trabalho aos profissionais destas áreas e apoiando-os a se dedicarem plenamente ao crescimento do seu negócio. E para crescer sem perder a nossa essência, apostamos em uma cultura forte.

O Programa Garra é o compromisso social da Bravo que, em parceria com um programa de capacitação profissional, vai impactar a vida de jovens com desenvolvimento pessoal/profissional e oferecer uma oportunidade no mercado de trabalho.