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Descubra 6 cargos em alta no agronegócio com salários de até R$ 12 mil


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06/03/2022 13h04 - Atualizado em 06/03/2022 14h10

Descubra 6 cargos em alta no agronegócio com salários de até R$ 12 mil

Veja como iniciar uma carreira no campo ou ainda “pegar carona” na agropecuária com cursos técnicos gratuitos

Por Caroline Maldonado


 É garantido. Quem faz curso técnico na área de agropecuária não fica sem emprego em Mato Grosso do Sul. Mais de 5 mil produtores rurais pequenos, médios e grandes abrem oportunidades o tempo todo em busca de pessoas que queiram uma carreira no campo. Como em qualquer outra área, quem quer se dar bem tem que galgar degraus, mas o bom é que sobra vaga e entidade mantida pelos próprios produtores oferece cursos gratuitos.



Os salários variam de R$ 2,5 mil a R$ 12 mil nos cargos que mais abrem vagas, atualmente. O superintendente do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Lucas Galvan, explica como está o mercado e o motivo de tanta demanda por vagas.

 

“Na pandemia, ficou ainda mais evidente a importância socioeconômica do agronegócio, que não deixou de empregar e gerar renda. A tecnologia traz mudanças constantes, por isso os profissionais precisam estar cada vez mais qualificados para trabalhar nas fazendas. Falta gente que tenha feito cursos técnicos para atender essa demanda”, comenta Lucas.

De carona no agro


Alunos do curso técnico em agropecuária no Centro de Excelencia de Bovinocultura do Senar, em Campo Grande (Foto: Divulgação/Famasul)Em torno de 30% das pessoas que buscam os cursos do Senar não são da área rural, mas estão em busca de conhecimentos que vão abrir as portas das vagas em alta ou querem se especializar no segmento rural dentro da profissão em que já atuam.


Superintendente do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Lucas Galvan (Foto: Kísie Ainoã)
Lucas conta que advogados, administradores, jornalistas e profissionais de diversas outras áreas buscam os cursos voltados para as mais de 14 cadeias produtivas de MS para se aperfeiçoar e agregar valor ao trabalho que já fazem.

"Muitas pessoas estão fazendo o caminho inverso. Saindo da cidade e buscando oportunidade no campo. Porque hoje no campo você consegue ter uma qualidade de vida similar a cidade. Você tem internet, consegue estudar, fazer um curso à distância", comenta o superintendente.

Clique aqui para ver os cursos oferecidos pelo Senar .


Veja os seis cargos campeões de vagas em MS:

Máquinas agrícolas

Máquina rural utilizada em fazenda de soja (Foto: Divulgação/Aprosoja)
Elas custam mais de R$ 1 milhão e precisam de gente que entenda, de verdade, como funcionam. Algumas pessoas operam máquinas agrícolas há décadas e ainda assim têm algo a aprender. Por isso, falta mão de obra qualificada e o mercado valoriza quem está preparado para o trabalho com essas máquinas mais sofisticadas do que muito carro chique por aí.


 
É tão complexo ter uma máquina rural na fazenda que até os proprietários buscam os cursos do Senar, muitas vezes.

Proprietário rural em Maracaju, Alan Gutuzzo, de 34 anos, já fez várias capacitações, inclusive a de manutenção de colheitadeira.

“Conheci um senhor que colhia há 30 anos. Havia coisas que ele não sabia e aprendeu com o instrutor do Senar, de aproximadamente 28 anos de idade. Então, é uma área bem complexa. Tanto que há fazendeiros que já não compram mais as máquinas, mas contratam, por safra, empresas que têm as maquinas e já vem o trabalho do motorista incluso”, detalha Alan.


Os salários vão de R$ 1,8 mil até R$ 12 mil para os trabalhadores da mecanização agropecuária, que são os envolvidos em planejamento, execução e desenvolvimento das funções por meio de máquinas agrícolas.

Essas informações são da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2020, levantadas pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

A relação mostra que 1.186 funcionários ganham em torno de R$ 1,8 mil, enquanto 4.772 recebem até R$ 3,6 mil, 953 profissionais alcançam salários de até R$ 6 mil e outros 42 trabalhadores recebem até R$ 12 mil por mês.

Vendedor em loja agropecuária

Máquinas agropecuárias em exposição (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Pessoas com aptidão para trabalhar com vendas também "pegam carona" no agronegócio. O curso técnico em agropecuária do Senar prepara os profissionais do zero para atuar em lojas agropecuárias, gerência de fazendas, consultorias e auxílio a agrônomos e veterinários, segundo Lucas.


Os salários para quem tem curso e por isso presta um atendimento mais personalizado aos produtores na hora da compra de insumos, varia entre R$ 2,5 e R$ 7 mil. A remuneração depende muito do tamanho da empresa e do desempenho do vendedor que, muitas vezes, recebe comissões além do salário.

Gerente de fazenda e consultor

Profissional de agricultura em lavoura (Foto: Bancos de Imagens/Governo Federal)
É um desafio para o produtor rural encontrar gente qualificada para o cargo. O curso técnico em agropecuária acaba sendo um requisito mínimo, apesar de haver casos de gerentes que fazem um bom trabalho sem a formação.


“Existem pessoas que nasceram no campo e têm a experiência para ser um gerente de fazenda, mas é preciso ter cada vez mais conhecimentos específicos que você só adquire com o curso”, avalia o superintendente do Senar.

Os salários variam muito de acordo com o tamanho e os lucros das propriedades, mas vão de R$ 2,5 mil a R$ 10 mil, nas fazendas de MS.

O mesmo vale para profissionais que preferem oferecer consultorias aos produtores. O consultor está em alta e, cada vez mais, justamente em função das mudanças tecnológicas que não param de acontecer.

Os dados da Rais mostram que profissionais que atuam como supervisores na produção agropecuária recebem salários de R$ 1,8 mil até R$ 12 mil. A maioria, cerca de 1,6 mil profissionais ganha até R$ 3,6 mil. Com mais experiência, alguns conseguem remunerações acima de R$ 12 mil.

Auxiliar de agrônomo ou de veterinário

Aluno do curso técnico em agropecuária no Centro de Excelencia de Bovinocultura do Senar, em Campo Grande (Foto: Divulgação/Famasul)
Um auxiliar de veterinário ganha entre R$ 1,2 mil e R$ 2,3 mil para uma jornada de trabalho de 43 horas semanais, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), levantados pela Maildes Marinho Consultoria em Recursos Humanos, que atua em recrutamento de profissionais em diversas áreas, inclusive para a agropecuária, em todo o País.


Pode parecer pouco, aliás, há diversas outras funções em uma fazenda que são operacionais e têm remuneração próxima de um salário mínimo, mas são ocupadas por iniciantes, que têm a frente o “mundo de oportunidades do agronegócio”, nas palavras de Lucas.

“Existe algo que chamamos de itinerário formativo, ou seja, os profissionais vão galgando degraus na formação e com isso, obtendo promoções de cargo. Tudo isso com apoio do Senar, que oferece cursos 100% gratuitos nos 79 municípios, além de apoio ao produtor rural”, destaca o superintendente.


 




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