O docente da UEMS, Nataniel dos Santos Gomes, ressalta que a obra nasce como um livro que faz parte da cultura de um povo, em especial o sul-matogrossense. “Ele tem a singeleza de nos fazer acreditar nas histórias contadas pelos nossos avós, que vão de seres místicos embrenhados no mato, passando por assombrações e contos indígenas, até chegar a narrativas muito bem humoradas. São histórias fantásticas e maravilhosas que fazem parte do imaginário popular e precisavam ser imortalizadas no formato de livro. Elas misturam diferentes expressões culturais e se harmonizam para narrar fatos do cotidiano e dar explicações que só os mais velhos pareciam entender até então. Uma leitura que nos faz sonhar e acreditar que o mundo pode se tornar um lugar melhor”, destaca Nataniel Gomes.

Gustavo Soldati, da Universidade do Estado do Pará, também recomenda o livro e ressalta que este é um livro sobre o tempo. “O tempo das histórias inventadas que, se lembrarmos do poeta mato-grossense Manoel de Barros, são as histórias verdadeiras. Verdadeiras porque contam e recontam a vida em suas múltiplas dimensões: imaginações, afetos, desejos, razões, enfim. Nesse sentido, ao nos presentear com as Histórias da Vovó Léla, Cristiane Silva cria um cenário que envolve memória, história oral e reflexões sobre o mais profundo de nossos tempos vividos O texto tem cheiro, tem sabor, tem vida! Fecundado de memórias e metáforas, os contos e causos de Vovó Léla são essa riqueza simbólica”, diz o docente.