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PUBLICADO EM: 17/07/2012 08h36


Congonhas ganha memorial 5 anos após acidente que matou 199

Praça 17 de Julho será inaugurada na terça em homenagem às vítimas. Aeronautas dizem que houve evolução na segurança, mas insuficientes.


 Cinco anos depois do acidente com o voo TAM JJ3054, as 199 vítimas da tragédia serão homenageadas com a inauguração, na terça-feira (17), da Praça Memorial 17 de Julho, no Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. O marco foi erguido no terreno da TAM Express, onde ficava o depósito de cargas da empresa atingido pela aeronave.

No dia 17 de julho daquele ano, um Airbus A320 da TAM, que vinha de Porto Alegre rumo a Congonhas, ultrapassou o fim da pista ao tentar pousar e bateu contra o prédio, localizado próximo à cabeceira da pista. Estavam no avião 187 pessoas. Não houve sobreviventes. Outras 12 pessoas morreram em solo.

O memorial no local do acidente se torna o marco mais evidente da tragédia. Criado pela Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) em parceria com a Prefeitura de São Paulo, o espaço pretende ser uma área de lazer e convivência, construído no terreno em que ficava o prédio da TAM Express, destruído com a colisão da aeronave.

 

  De acordo com a Prefeitura, a construção da praça começou em dezembro de 2011 com a demolição do antigo edifício da TAM e a terraplanagem da área, na Avenida Washington Luís.

Além da construção da praça, foi mantida no local uma amoreira que resistiu à colisão do avião. A árvore se tornou, para amigos e familiares das vítimas, um símbolo de sobrevivência e recomeço e ficará no centro da praça.

“Para nós aquele é um terreno sagrado. Quando o IML [Instituto Médico-Legal] identificou minha filha, fiz questão de ver quais partes dela haviam sido identificadas. Ela poderia ter sido enterrada em uma caixa de sapatos, porque não tínhamos a identificação de todos os fragmentos dela. Então, para mim, a maior parte da minha filha ficou naquele terreno”, afirmou ao G1 Dario Scott, presidente da Afavitam e pai de Thaís Volpi Scott, 14 anos, passageira do voo.

O projeto do Memorial também prevê um espelho d’água onde os nomes das vítimas serão gravados, além de 199 pontos de luz instalados no chão, que serão acesos durante a noite para simbolizar cada vítima do acidente.

Em Porto Alegre, familiares das vítimas do acidente também se mobilizam para a criação de um segundo memorial. Em uma rotatória próxima ao Aeroporto Salgado Filho, de onde saiu o voo JJ3054, já foram plantadas 199 árvores. O local ficou conhecido como Largo da Vida.

A Associação de Familiares tenta agora a aprovação para a instalação de um monumento com imagens de 199 estrelas que representarão as vítimas, mas não há previsão para que a obra seja implantada. “Nosso intuito é ter um memorial em São Paulo e outro em Porto Alegre para que as vítimas desse acidente sejam sempre lembradas e homenageadas”, diz Scott.

 






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