Campo Grande (MS) – Reeducandos das penitenciárias de Naviraí e de Três Lagoas estão sendo contemplados com a realização do “Projeto Padaria”, cujo objetivo é implantar panificadoras em presídios do Estado para a profissionalização de custodiados no setor. A inciativa é desenvolvida através de convênio entre o governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Além das duas unidades, o projeto já está em andamento na Penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados, e em breve, no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, na Capital. No total, o projeto prevê um investimento de R$ 161.312,40, entre compra de equipamentos, materiais para o curso e pagamento de instrutores.
No total, de acordo com a Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, responsável pela realização do Projeto Padaria, a meta é qualificar, incialmente, 420 reeducandos nas quatro unidades.
“Após essa fase de profissionalização, como os equipamentos ficam para o presídio, novas capacitações serão realizadas a cada semestre e a estrutura montada deve ser aproveitada para um trabalho constante de profissionalização, mediante parcerias que se firmarão com o setor público ou privado”, explica a coordenadora do Projeto na Agepen, Soraya Placência.
A coordenadora exemplifica como continuidade do Projeto Padaria o trabalho realizado no presídio de Cassilândia, no qual a iniciativa foi implantada em 2007, e que fornece pães para a prefeitura local. “Outro exemplo é a unidade masculina de Corumbá, onde constantemente são realizados cursos de padeiro e toda a produção da padaria é adquirida pela empresa que fornece alimentação no presídio”, comenta, informando que nesse estabelecimento penal o projeto foi lançado em 2008.
Na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas serão contemplados 100 internos, sendo 20 alunos por turma. A carga horária total é de 80 horas/aula, entre teoria e prática. Durante o curso, os internos aprendem todas as fases para o preparo de pães e bolos, salgados, recebem noções de higienização dos equipamentos, do ambiente e pessoal, e ainda orientação sobre a manutenção dos equipamentos.
“O curso inicia uma nova etapa na unidade penal, visto que prepara a reintegração doa interno, pois consiste no treinamento de mão de obra especializada, em uma área em que o município de Três Lagoas possui carência de profissionais”, destaca o diretor do presídio, Claudiomar Suszek.
Na Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí 80 custodiados serão capacitados. A qualificação segue os mesmo moldes do presídio de Três Lagoas. Segundo a administradora do presídio, Maika Salustiano, a previsão é que a primeira turma, formada por 20 alunos, conclua o curso até o dia 30 deste mês.
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