Da Redação, com Lancepress esportes@band.com.br
PUBLICADO EM:
07/01/2012 17h34
Vampeta: Fla continua fingindo que paga
Ex-jogador mostrou que ainda está com a língua afiada e ressaltou que falta mulher e bebida no futebol

“E não é mentira não, viu. Nem o Galinho [Zico] escapou. Ficou alguns meses e caiu fora (risos). Brinquei com ele no Jogo das Estrelas [realizado pelo ídolo rubro-negro] que o clube só finge que paga. Ele dá risada. Mas é uma brincadeira. Respeito muito a camisa e a torcida do Flamengo”, disse o hoje treinador do Grêmio Osasco.
O Velho Vamp relembrou de que maneira foi criado o episódio, citado até hoje nos papos mais descontraídos do mundo da bola.
“Acho que íamos enfrentar o Fluminense e veio o papo de que eles não iriam jogar porque estavam em greve pelos salários. Brincando com o Ricardinho, Fábio Luciano, Deivid e Gil, eles me perguntaram se eu tinha recebido no Flamengo. E tinha um cara gravando o bate-papo. Aí eu acabei falando a frase. Acabaram mandando isso para todos os meios de comunicação. Depois pensei: ‘Vou ter que me explicar’. Então convoquei uma coletiva e disse que não tinha dado entrevista para ninguém, mas que tinha falado mesmo...(pausa). Quer saber? O Flamengo finge que paga e, até hoje, as pessoas fingem que jogam (risos)”, acrescentou.
Com seu eterno sorriso no rosto, Vampeta demonstrou sua torcida para que a atual diretoria não cometa os mesmos erros. Contudo, no fim, ele voltou a dar sua pitada baiana.
“Espero que a Patricia Amorim [presidente atual] não seja assim e honre os compromissos. Mas, na época, ninguém honrou nada. O presidente era o Edmundo Santos Silva, o ‘chorão’, meu conterrâneo. Terminou o Brasileiro e liguei para os meus empresários avisando que não iria voltar mais, e aí acabei retornando ao Corinthians. Se tivesse ficado no Flamengo, talvez não tivesse sido campeão de p... nenhuma”, disse, aos risos, para depois completar. “Gosto de dar uma cutucada. Flamengo e São Paulo são eternos ‘inimigos’”, divertiu-se.
Defendendo o seu estilo, ele reclamou da "caretice" do futebol atual e citou uma espécie de "cartilha do bom boleiro".
“O que vejo hoje é que é tudo muito fechado. Você quer marcar uma entrevista com algum atleta e tem que ligar para assessor particular, do clube...Tudo via Twitter. Eu não mexo com essas paradas. O futebol é totalmente diferente. Isso eu nunca concordei. É aquilo que falo: no futebol tem que gostar de jogar, de ganhar, de mulher e de bebida (risos)”, concluiu.

