Por Jonatas Pires Faura, especialista em Asset Allocation na WIT Invest
PUBLICADO EM:
15/06/2025 09h58
Mercado espera que a Selic suba para 15% na próxima Super Quarta

- Quais são as expectativas do mercado para a decisão do Banco Central brasileiro em relação à taxa Selic na próxima Super Quarta?
No Brasil, o mercado espera que a Selic terminal seja 15%, ou seja, que teremos um último aumento de 25 bpps. E assim, finalizando o ciclo de alta na nossa taxa básica de juros (Selic). Porém, com os atuais movimentos em Brasília, com o IOF e medidas fiscais, isso pode mudar nas próximas reuniões do BC.
- Quais são as expectativas para a decisão do Fed sobre os juros nos Estados Unidos? Como ela afeta os investidores brasileiros?
Nos EUA, espera-se que o Fed mantenha os juros em 4,25 - 4,50%. O atual governo tenta passar uma lei, a qual estudos apontam que, com o passar dos anos, por conta da diminuição de impostos, a dívida pública americana pode crescer ainda mais. Porém, outro estudo mostra que mesmo com essa diminuição de impostos, a economia americana cresceria muito nesse período, trazendo mais arrecadação para o governo conseguir tratar do problema do déficit orçamentário.
- Quais setores da economia ou tipos de investimentos podem se beneficiar ou sofrer com as decisões anunciadas?
No Brasil, os investimentos de Renda Fixa se mantêm atrativos, desde os soberanos, bancários e privados. Por conta desse crédito mais caro na economia, setores que dependem dele para crescer ou para fazer volume, como o varejo e consumo, sofrem em períodos de Selic em alta. Com a volatilidade da moeda americana, empresas importadoras e exportadoras devem ser diligentes em suas operações e hedges para não terem problemas.
- Como as decisões do Fed e do Copom podem impactar o câmbio e a atratividade de investimentos no Brasil?
Se os nossos indicadores econômicos começarem a melhorar, principalmente o IPCA, isso deve trazer mais capital estrangeiro para o Brasil, pois o prêmio pago em juros reais pela nossa taxa de juros se torna mais atrativo para o estrangeiro e nossa moeda se fortalece frente ao dólar. Porém, esse movimento não é impulsionado por conta das incertezas fiscais na condução da política da atual administração.
- Como a decisão do Copom pode afetar o apetite dos investidores pelo mercado financeiro nacional?
Se o que o mercado espera se concretizar, não devemos ver tanta volatilidade, pois o mercado já precificou esse movimento. A maioria dos investidores devem ficar mais em renda fixa enquanto outros aproveitam oportunidades em Renda Variável, com empresas ainda descontadas, etc.
- Diante das decisões do Fed e do Copom, quais setores da bolsa brasileira podem se beneficiar ou sofrer impactos?
Os beneficiados são setores que conseguem ser resilientes em diversos ciclos econômicos, como o setor bancário. Setores incentivados também podem se beneficiar, mesmo que com certa dificuldade em alguns momentos, como o Agronegócio e Imobiliário.
Os principais impactados seguem sendo setores de Varejo e consumo, e numa eventual queda mais acentuada do dólar, o setor de commodities e exportadores.
- Como as decisões do Fed e do Copom nesta Super Quarta devem impactar o cenário econômico brasileiro no segundo semestre do ano?
A economia brasileira seguirá crescendo, mas com dificuldades. Os fatores políticos se intensificarão no segundo semestre de 2025 por conta das eleições de 2026. Logo estará em pauta e trará volatilidade aos mercados.
- Em que medida os conflitos econômicos e geopolíticos, como a guerra entre EUA e China, devem ser considerados nas decisões desta Super Quarta?
Nosso BC e Fed devem levar em conta essas novas políticas tarifárias para conseguirem estimar seus impactos nos fluxos de capitais entre os países, impactando diretamente suas populações e empresas. É uma tarefa muito difícil, visto que de uma hora para outra isso tudo pode se alterar, bastando uma canetada. Logo, o mercado fica mais cauteloso, necessitando manter taxas de juros mais altas.
- Como os investidores devem posicionar suas carteiras no segundo semestre de 2025 diante do novo cenário macroeconômico e geopolítico?
O investidor deve usar uma visão no seu objetivo, utilizando de diversificação e alocações estruturais para não acabar tomando decisões precipitadas. Para mim, o investidor qualificado é obrigado a ter patrimônio no exterior, não só para ter uma exposição a outra moeda, mas para ter capital em outra jurisdição. Para investidores profissionais, além desse tipo de investimento, é importante parte do patrimônio estar em ativos de reserva de valor, para que independente do cenário que possa vir, seu patrimônio consiga passar por esses momentos difíceis. Para isso, ter profissionais e especialistas próximos é muito importante nessas tomadas de decisões em suas alocações.
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A WIT - Wealth, Investments & Trust - é assessoria, planejamento e execução para cuidar do patrimônio de pessoas, grupos familiares e empresas, de forma integral e sincronizada, apoiada por uma sofisticada estrutura de especialistas e de empresas que atuam de forma independente, porém complementar.
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