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Aline dos Santos
PUBLICADO EM: 19/06/2020 09h38


Com 'Rei da Fronteira', organização teria milícia de assassinos profissionais

De acordo com a investigação, os grupos de Campo Grande e Ponta Porã se apoiavam mutuamente para crimes


 A investigação da Omertà que levou à frustrada tentativa de prisão de Fahd Jamil Georges, também conhecido como o “Rei da Fronteira”, apontou à Justiça que a cidade de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai,  é base de organização criminosa que conta com milícia armada de assassinos profissionais.

 
 
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) informa que chegou ao grupo durante as investigações contra Jamil Name e Jamil Name Filho, que foram presos na primeira fase da ação e são acusados de liderar organização criminosa com base em Campo Grande. No grupo da fronteira, o modelo de gestão também é de pai e filho, mas no caso, Fahd Jamil e Flávio Correia Jamil Georges, ambos foragidos.
 
De acordo com a investigação, as organizações eram próximas e se apoiavam mutuamente para crimes. O grupo com base em Ponta Porã teria ordenado a execução de Alberto Aparecido Roberto Nogueira (Betão) e do policial militar reformado Ilson Martins de Figueiredo. Ambos estariam envolvidos no desaparecimento de Daniel Alvarez Georges em 2011, filho de Fahd Jamil.
 
Também é apontado envolvimento da organização fronteiriça com a execução de Orlando da Silva Fernandes. As mortes de Ilson e Orlando aconteceram em Campo Grande e são investigadas pela força-tarefa da Polícia Civil que redundou na operação Omertà.
 
A apuração menciona que a fazenda Três Cochilhas, em Ponta Porã,  alvo ontem de mandado de busca e apreensão, é ponto estratégico para pistoleiros. O entorno da propriedade rural é descrito como região por onde transita homens fortemente armados e com acessos constantemente monitorados pelos integrantes da organização.
 
 
 “O local conta, ainda, com depósito de armas e passagens subterrâneas, consistente, ao que parece, em um verdadeiro ‘bunker’”, diz o Gaeco. O local foi apontado como abrigo para os pistoleiros José Moreira Freires e Juanil Miranda, foragidos desde setembro. Freires é condenado pela execução de delegado aposentado na Capital.
 
Thyago Machado Abdul Ahad é relacionado na investigação como ex- pistoleiro de Jorge Rafaat Toumani, que foi executado em 2016, e atual empregado de Fahd Jamil. O Gaeco o cita como possível executor de Orlando Fernandes, conhecido como Bomba, e Cláudio Rodrigues de Souza, o Meia-Água. Cláudio foi morto em São Paulo e teria sido mandante da execução de Daniel Georges.  Thyago teve a prisão decretada, mas também não foi localizado.Viatura em frente à mansão dos Jamil Georges, na Avenida Baltazar Saldanha, em Ponta Porã (Direto das Ruas) 
 
 






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