A chefe de gabinete da Presidência da Fiems, Tassiara Baldissera Camatti, participou, nesta quarta-feira (22/06), em São Paulo (SP), de reunião de líderes empresariais e governamentais do Brasil com uma delegação do Colorado (EUA) para tratar sobre os atuais desafios para o desenvolvimento econômico e político, bem como para a construção da força de trabalho para a indústria. Durante o encontro realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a ONG americana US-Brazil Connect, foram discutidos diversos temas, com destaque para a perspectiva global em termos de competências necessárias para indivíduos, empresas e países para se conectarem e competirem.

Segundo Tassiara Camatti, a reunião serviu para a troca de ideias em relação à formação de pessoas para atenderem as necessidades das indústrias em um mundo de novas tecnologias e inovações. “Ficou muito claro que a iniciativa privada brasileira atua focada na preparação de trabalhadores para o mercado do trabalho, enquanto nos Estados Unidos essa preocupação é uma exclusividade do Governo. Os norte-americanos ficaram muito interessados no modelo desenvolvido pelo Sesi, Senai e IEL na formação de trabalhadores, pois essa mobilização é novidade para eles”, declarou.

Já o diretor da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, abordou sobre a adoção de tecnologias digitais relacionadas à era da manufatura avançada, a chamada indústria 4.0. “O termo se refere à integração digital das diferentes etapas da cadeia de valor dos produtos industriais, desde o desenvolvimento até o uso. Além disso, envolve a criação de novos modelos de negócio, produtos e serviços a eles atrelados”, detalhou.

Ele reforçou que uma pesquisa realizada pela CNI com 2.225 empresas de todos os portes entre 4 e 13 de janeiro de 2016 identificou a adoção de dez tipos de tecnologias digitais pelas empresas e seu uso em diferentes estágios da cadeia industrial. “A pesquisa afirma que a indústria brasileira segue caminho natural: no primeiro momento, otimiza processos para, então, mover-se para aplicações mais voltadas a desenvolvimento, a produtos e novos modelos de negócios. Considerando que a indústria brasileira precisa competir globalmente e que se encontra atrás nessa corrida, é preciso saltar etapas. O esforço de digitalização precisa ser realizado, simultaneamente, em todas as dimensões”, afirmou.

A CEO e fundadora da US-Brazil Connect, Mary Gershwin, que também participou da reunião, destacou a parceria que a ONG tem com o Sesi e Senai desde 2012 por meio do Conexão Mundo, um programa de aperfeiçoamento em língua inglesa que está mudando a vida de centenas de estudantes. “O Programa reforça o aprendizado do idioma a alunos do Ensino Médio do Sesi e de estudantes do Senai ao introduzir os jovens à cultura norte-americana e ao promover intercâmbio nos Estados Unidos. Em quatro anos de funcionamento, mais de cinco mil alunos participaram em dezenas de cidades brasileiras”, informou.