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Deputados se rebelam e exigem intervenção para afastar Dagoberto


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  • mell280

30/06/2015 15h00

Deputados se rebelam e exigem intervenção para afastar Dagoberto

Leonardo Rocha


Os deputados do PDT, Beto Pereira e Felipe Orro, não aceitam a escolha do deputado federal Dagoberto Nogueira como presidente estadual do partido, porque consideram todo processo ilegítimo. Eles esperam uma intervenção do ex-ministro Carlos Lupi, atual presidente nacional do PDT, no diretório de Mato Grosso do Sul, que foi eleito na sexta-feira.

Beto Pereira disse que Lupi garantiu que se não houvesse um “consenso” entre as lideranças, ele voltaria a Mato Grosso do Sul para resolver a questão. “Liguei para ele e disse que não houve acordo, o presidente disse que mesmo após a eleição no Estado, a direção nacional tem cinco dias para homologar. Espero seu retorno”.

Para o parlamentar, apesar de Dagoberto Nogueira ter tido 68 votos a favor, mais de 20 suplentes que votaram nesta eleição eram pessoas próximas ao deputado federal. “Não teve legitimidade, já enviamos uma carta solicitando interferência no processo”, disse Pereira.

Felipe Orro adotou um tom mais ameno, porém não deixou de criticar Dagoberto. “Não tem como formar um partido desta forma, apenas para favorecer interesses de uma pessoa, ele já disse até que nomearia uma comissão provisória em Campo Grande, para estar no comando, temos que buscar unidade e não o contrário”, disse ele.

Os deputados garantem que vão se reunir e conversar para tomar uma decisão em conjunto, sobre o futuro no PDT. “A nossa bancada estadual irá tomar uma decisão junta, teremos o mesmo destino, vamos avaliar e ter uma posição própria”, disse Beto.

Felipe Orro ainda ponderou que a intenção é buscar unidade. “Sempre fui partidário, prefeito pelo PDT, ajudei a construir este partido, queremos sempre buscar a unidade, atender a todos”. Entramos em contato com o deputado George Takimoto (PDT), mas ele não atendeu as ligações.

Discurso – O deputado Beto Pereira usou a tribuna da Assembleia para rebater eventuais declarações de Dagoberto. Ele afirmou que todo impasse começou quando foram retirados nomes do diretório, pois o deputado federal “desconfiou” que poderia perder o controle da executiva.

Ele declarou que todas as vezes que Dagoberto esteve a frente do partido houve problemas e que com João Leite Schimidt o partido cresceu, tendo três deputados estaduais e um federal. Sobre a alegação que o motivo da “discórdia” era a intenção dos deputados estaduais serem candidatos a prefeito em 2016, disse que não seria “lógico” ter dois concorrentes ao mesmo cargo unidos.

Dagoberto afirmou que esta ação dos deputados tem como intenção a prefeitura de Campo Grande, já que segundo ele, os parlamentares querem seguir o exemplo do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que veio do interior e conseguiu se eleger em 2014.





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