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Vander sugere a Reinaldo transformar aquário em parque de realidade virtual


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30/06/2015 14h43

Vander sugere a Reinaldo transformar aquário em parque de realidade virtual





Modelo de virtualização inclusive é elogiado por organizações de defesa dos animais pois permite a existência de zoológicos e de aquários sem animais em cativeiro

Na manhã de segunda-feira (22), durante entrevista a uma rádio de Campo Grande, o deputado federal Vander Loubet (PT) revelou que apresentaria ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) uma sugestão para transformar a obra do Aquário do Pantanal em um parque de realidade virtual. "Funcionaria como aquário, museu e zoológico, tudo por meio de tecnologia de virtualização, agregando nossa fauna, flora e memória histórica", explicou. Mais tarde, antes de uma reunião na Governadoria, o parlamentar apresentou a sugestão ao governador.

A obra do Aquário do Pantanal tem sido alvo de polêmica desde a sua concepção. Parte da população de Campo Grande e de todo o estado acredita que o dinheiro aplicado na obra deveria ter tido outra finalidade, como saúde, educação e até mesmo infraestrutura rodoviária. Com custo inicial previsto de R$ 87 milhões, o Aquário do Pantanal já consumiu R$ 173 milhões dos cofres públicos, de acordo com o governo.

A última polêmica teve como foco os peixes que iriam ocupar o aquário. Relatório da empresa responsável pelo manejo dos peixes apontou que, desde novembro de 2014, mais de 10 mil peixes morreram, 80% deles por conta do frio, 10% de doenças e 10% já no transporte da carga viva. Restam apenas 4 mil peixes, que ainda correm sério risco de morrer. Ao custo de R$ 5,1 milhões, a quarentena para garantir vida aos peixes perdeu sua finalidade, uma vez que não há previsão de conclusão dos tanques para abrigar as espécies.

Para Vander, Reinaldo tem poucas opções para resolver o problema do aquário. E na opinião dele, a melhor alternativa seria alterar o projeto original para um projeto com menor custo operacional.

"Não há como voltar atrás na questão da obra, muito recurso público já foi gasto e ainda será necessário mais dinheiro para concluí-la. A questão agora é o que o Governo do Estado vai fazer para custear o funcionamento do aquário. Já se sabe que o custo operacional do projeto é alto, por isso uma solução seria justamente transformar esse grande espaço físico em um espaço virtual", defendeu o deputado, completando que a ideia é uma sugestão e, como tal, merece e necessita de estudo mais aprofundado a fim de avaliar os custos para estabelecer um comparativo com o projeto original do Aquário do Pantanal.

Elogiado pelo Peta - Recentemente, um grupo de entretenimento, responsável por atrações em parques temáticos como "Jurassic Park: The Ride" e "The Amazing Adventures of Spiderman 5D", anunciou um grande e inovador projeto de realidade virtual na China, ao custo de R$ 800 milhões. Será o primeiro parque completo de realidade virtual do mundo.

"Claro que o projeto aqui para Mato Grosso do Sul seria bem mais modesto que o projeto chinês, mas possivelmente teria um custo menor do que o de manter um aquário com animais vivos", ponderou Vander, citando outros projetos semelhantes já existentes no Brasil que usam virtualização, como o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, ambos em São Paulo.

"Imagine assistir em enormes telões de alta resolução ou com óculos especiais todo o processo de piracema que acontece nos rios, a cadeia alimentar dos animais do Pantanal ou as belezas naturais de um passeio de flutuação dos rios de Bonito. E tudo isso seria um convite para os turistas conhecerem pessoalmente as atrações nos respectivos municípios, estimulando o turismo e movimentando a economia do estado", concluiu Vander.

De acordo com reportagens, o modelo de virtualização proposto no projeto da China inclusive foi elogiado por organizações como a Peta (People for the Ethical Treatment of Animals, ONG que luta pelos direitos dos animais), pois permitiria a existência de zoológicos e de aquários sem animais em cativeiro.





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