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Governo prepara relatório sobre Aquário e deixa ‘questão financeira’ para TCE e MP


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24/01/2015 08h00

Governo prepara relatório sobre Aquário e deixa ‘questão financeira’ para TCE e MP

Yarima Mecchi e Ludyney Moura


 Mesmo com a confirmação de que houve troca de comando nas obras do Aquário do Pantanal, o que aconteceu depois que a Egelte Engenharia teria abandonado o canteiro sendo substituída pela Proteco Construções, do empreiteiro João Amorim, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), disse ao Jornal Midiamax que apuração nas supostas irregularidades financeiras do projeto estão a cargo do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e MPE (Ministério Público Estadual).

“O próprio Ministério Público e Tribunal de Contas estão analisando a questão financeira. O que analisamos primeiro é se paralisava ou não, decidimos continuar e continuaram a obra sob uma fiscalização feita pelo nosso governo nas estruturas da obra. A comissão autorizou uma autoria que vai analisar se o que foi feito está bem feito e seus preços estão compatíveis com o contrato”, declarou o governador.

Nesta sexta-feira (22), o arquiteto responsável pelo projeto do Aquário do Pantanal, Ruy Ohtake, disse, durante visita na obra, que está confiante na conclusão dos trabalhos pelo Governo do Estado, mesmo sem conseguir precisar um prazo para isso. “O governo vai definir exatamente o prazo de entrega da obra. Eu pretendo continuar vindo quinzenalmente. O novo governo entrou e informou: ‘vamos terminar a obra, enquanto tempo deixa eu, governo, analisar o que falta fazer’”, declarou.

 

O arquiteto ressaltou que esta é sua segunda visita em 2015 ao canteiro de obras e que sempre faz esforço para que seus projetos sejam concluídos. “A arquitetura se completa com a obra concluída. O projeto no papel são partes importantes, mas para a cidade, para quem vai frequentar, o importante são obras concluídas”.

Sobre a previsão de entrega do aquário que inicialmente era para 2012, foi adiado e deveria ter sido inaugurado em 2014, o engenheiro civil de fiscalização do Governo do Estado, Domingos Sávio, disse que um relatório está sendo feito para atender ao pedido do secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli.

“Na semana que vem as empresas também vão entregar o estudo (relatório) e será firmado um cronograma. São três empresas diretamente na obra, a da parte civil, a de cenografia e de ar-condicionado”, afirmou Sávio, que emendou que o documento estará nas mãos de Miglioli até a próxima terça-feira (27).

Domingos Sávio confirmou que obra está sendo encaminhada em ritmo lento por conta da saída de alguns funcionários, mas afirmou que tudo deve voltar ao normal com o cronograma pronto. “As empresas se retraíram e então não podiam segurar muita gente. A obra não parou, mas ficou um pouco mais lenta na parte civil”, frisou.

O engenheiro disse ainda que está sendo investido cerca de R$ 7,5 mil por metro quadrado (m²) da obra. De acordo com ele são 21 mil m², o que daria um total de cerca de R$ 157,5 milhões. Todavia, os números apresentados pelo Governo do Estado apontam um valor superior a este, já que na semana passada a gestão tucana anunciou um gasto de R$ 176 milhões, o que somado aos R$ 34 milhões do fundo de compensação ambiental que já estão empenhados, daria um total de R$ 210 milhões, o que eleva o preço m² para R$ 10 mil.

“Essa obra só se compara com uma, ela mesma. Não tem uma obra dessas no Brasil. Todo esse custo que eu falei é com a conclusão da obra e dos aquários”, concluiu Sávio

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