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Duas vagas remanescentes de Zeca no TCE são disputadas por três ligados a Puccinelli


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  • mell280

31/10/2014 13h00

Duas vagas remanescentes de Zeca no TCE são disputadas por três ligados a Puccinelli



 


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Juliene Katayama

As duas últimas vagas da 'era Zeca do PT' no TCE (Tribunal de Contas do Estado) estão sendo disputadas por três pessoas ligadas ao atual governador, André Puccinelli (PMDB). A primeira vacância será do conselheiro Cícero de Souza, que se aposenta no mês vem, e deve ter substituto indicado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Para a vaga de Cícero, que completa 70 anos, o nome mais cotado vinha sendo do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB). No entanto, o cenário político mudou e o peemedebista se desvinculou do partido para apoiar o petista Delcídio do Amaral, que disputou o governo do Estado – e, por conta disso, nos bastidores já há quem diga não ser 'tão certa' a indicação do parlamentar.

Depois da declaração oficial de vacância, por parte do TCE, os interessados devem conseguir assinatura de oito deputados para validar o nome na concorrência. Se tiver mais de um interessado, é feita uma sabatina e, depois, a votação.

A outra vaga é do conselheiro José Ricardo Pereira Cabral, que se aposentaria compulsoriamente. Ele, que tomou posse em 2006, completará 60 anos em maio do ano que vem – a antecipação de sua saída seria para nomear o deputado estadual Antonio Carlos Arroyo (PR).

Isto porque, em 2011, o parlamentar seria nomeado na cadeira da conselheira Celina Jallad, que faleceu por causa de um aneurisma da aorta abdominal. Mas, a então senadora Marisa Serrano entrou na disputa e venceu.

Na época, Arroyo disse que questionaria a votação na Justiça. No fim das contas, acabou aceitando o resultado, supostamente com a promessa de que a próxima vaga seria a dele.

A estratégia de incluir a ex-tucana na disputa foi de fortalecer o grupo político de Puccinelli para as eleições de 2012, principalmente com relação à Prefeitura de Campo Grande. O plano não deu muito certo, já que o indicado pelo PMDB, deputado federal Edson Giroto (PR), perdeu a eleição.

Licenciado da legislatura para tocar a Secretaria Estadual de Obras, Giroto é um dos nomes que também estaria na disputa por uma cadeira no TCE. Ele abriu mão de disputar a reeleição, mesmo tendo sido o deputado do Estado mais votado em 2010.

Na época da desincompatibilização, Giroto preferiu permanecer a frente da Secretaria do Estado de Obras. Como argumento, Puccinelli disse que precisava de um de seus principais escudeiros na reta final de governo, para ajudá-lo a finalizar os projetos.

Publicamente, pouco fala-se sobre a disputa por vagas no TCE. Os políticos costumam articular estas indicações pelos bastidores - perguntado sobre o assunto na quarta-feira (29), por exemplo, o presidente da Assembleia esquivou-se: "só Deus sabe".

Além do poder de analisar e julgar procedimentos referentes ao uso de verbas públicas, conselheiros do TCE fazem jus a um salário mensal de R$ 26,5 mil, segundo dados disponíveis para consulta no site do órgão.





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