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Governo teme que mágoa do PMDB após eleições resulte em mais derrotas na Câmara


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  • mell280

31/10/2014 09h22

Governo teme que mágoa do PMDB após eleições resulte em mais derrotas na Câmara




R731 de Outubro de 2014 | 08h50

A falta de apoio do PT ao PMDB na disputa eleitoral em alguns Estados pode custar caro ao governo. A mágoa do maior partido da base aliada se reflete nos resultados do plenário da Câmara dos Deputados e preocupa o Executivo, que teme novas derrotas no Congresso, principalmente em matérias que terão impacto direto nas contas da presidente Dilma Rousseff.

Para semana que vem, está prevista a votação do orçamento impositivo, projeto que obriga o Executivo a repassar o dinheiro das emendas parlamentares que forem aprovadas pelo Congresso no orçamento anual do governo.

Atualmente, o governo não tem essa obrigação e segue o orçamento aprovado por deputados e senadores apenas como uma recomendação de gastos.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é um dos peemedebistas que saíram derrotados da eleição e devem cobrar a conta do governo. Ele disputou o governo do Rio Grande do Norte e perdeu no segundo turno para Robinson Faria (PSD), que recebeu o apoio do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na análise do cientista político da UnB (Universidade de Brasília) David Fleischer, com um presidente ressentido na Câmara dos Deputados, a vida de Dilma vai se complicar ao final do primeiro mandato.

— O PMDB está saindo da eleição bastante chateado. Ele [Henrique Eduardo Alves] vai dificultar muita coisa na Câmara. Naturalmente, Dilma e o PT não vão esperar nada dele.

Os analistas também avaliam que há casos de estranhamento entre PT e PMDB em outros Estados que vão ser resolvidos no Congresso. Por isso, o professor de administração pública da UnB José Matias-Pereira acredita que os próximos dois meses vão exigir muita negociação do Planalto.

— As mágoas que ele [Eduardo Alves] está trazendo não são só dele, muitos políticos da base do governo que estão chegando bastante arranhados. Serão dois meses nos quais o nível de inquietação vai ser alto. Como presidente da Câmara, ele tem essa prerrogativa de tirar da gaveta matérias que eventualmente poderiam criar problemas, inclusive no próprio controle das contas públicas.

Negociação

Outro projeto que também tem impacto nas contas do Executivo e está na pauta da próxima semana é a PEC (Propostas de Emenda à Constituição) 170, que altera a Constituição e garante proventos integrais às pessoas que se aposentarem por invalidez. Atualmente, os aposentados nessa categoria recebem o benefício de acordo com o tempo que contribuíram com a Previdência Social.

A PEC 155, que acaba com a contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos, também pode entrar na pauta. Na última terça-feira (28), o governo sofreu a primeira derrota após a reeleição de Dilma ao ter o projeto de criação de conselhos populares derrubado pelos deputados.





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  • Nelson Dias12
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