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O peso da cruz


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13/09/2014 06h17 - Atualizado em 13/09/2014 07h21

O peso da cruz

Frei Venildo Trevisan:


 


Frei Venildo Trevisan 
(Foto: Divulgação)
Frei Venildo Trevisan

Cada ser humano tem sua cruz. Uma cruz a carregar ao longo da vida como um peso, ou como um sonho desfeito, um projeto perdido, um programa não realizado.
Para alguns, essa cruz poderá ser uma enfermidade sem esperança de melhora, à qual deverá se adaptar e cuidar para não piorar. Para outros, poderá ser uma convivência com uma pessoa de temperamento difícil. E precisará trabalhar seus sentimentos para não complicar ainda mais essa convivência e amargar uma agonia pelo resto da vida.

Existe uma cruz um tanto pesada para quem tiver que trabalhar numa profissão que não seja do seu agrado, num ambiente permanentemente desfavorável, ou com pessoas que sejam antipáticas, mal-humoradas, ou exageradamente exigentes.

Existe uma outra cruz. Essa é a cruz familiar, fruto de uma escolha malfeita, de incompatibilidade de gênios e de desgaste no relacionamento conjugal e entre pais e filhos. É uma cruz que muitos a abandonam buscando outras alternativas de relacionamento. Alternativas essas nem sempre bem-sucedidas.

Existe uma outra cruz que pode ser denominada dolorosa. Trata-se de pessoas que tenham perdido a autoestima. Nada lhes agrada. Nada lhes satisfaz. Vivem em permanente desânimo, desacreditando de si mesmas, dos outros e até de Deus. E a depressão aumenta e toma conta de seu viver, isolando-as da sociedade.

São muitas as cruzes. Uma delas é diferente dessas todas. É uma cruz que alguém aceitou e acolheu com generosidade no coração e todo o amor em suas mãos. Essa é a cruz que o Salvador Jesus recebeu em seus braços. E por ela salvou a humanidade.

Para os judeus, a cruz era uma forma de tortura e de execução para os inimigos políticos e para os piores malfeitores. Os crucificados não tinham direito aos ritos funerais e nem à sepultura. Para eles, a cruz não era apenas humilhação e tortura, mas maldição, desprezo e abandono.

Quando o Mestre dos mestres foi pregado na cruz e erguido do chão, os simpatizantes do império romano julgaram-se vitoriosos. Abandonaram o crucificado em meio a zombarias e desprezos. Não imaginavam o que iria acontecer horas depois. Seriam tomados de muito medo, pois iriam ser surpreendidos pela ressurreição gloriosa.

Seus seguidores após esses acontecimentos fizeram questão de assumir o nome “cristão” (irmão de Cristo) e se tornaram continuadores de sua obra, anunciando por toda a parte que Jesus estava vivo e se manifestara a eles em toda a sua glória.

Humanamente falando, quando alguém mata um membro da nossa família, é comum jurar vingança e exigir justiça. Com os cristãos, aconteceu diferente. Em lugar de lamentar e de procurar os culpados, começaram a formar pequenas comunidades alegres e entusiastas pela causa de seu Mestre e Senhor.

Esqueceram os sofrimentos do Mestre. Esqueceram a tirania e a maldade do império. Aceitaram os mesmos sofrimentos, as mesmas perseguições e até o martírio por amor  àquele que por eles morrera e ressuscitara A cruz se torna bandeira de glória e de vitória

 
 




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