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O jeito de ser


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16/08/2014 09h39 - Atualizado em 16/08/2014 11h19

O jeito de ser

Frei Venildo Trevisan


FREI

enildo Trevisan
Frei Venildo Trevisan

Nesse planeta Terra, existem inúmeros jeitos de ser, de fazer e de viver. Como exemplo, poderemos observar que existem pessoas que se vestem bem e pessoas que se vestem mal; pessoas que se alimentam bem e pessoas que se alimentam mal; pessoas que se relacionam bem e pessoas que se relacionam mal; pessoas que vivem bem e pessoas que vivem mal.

Nem sempre a escolha é livre e pessoal. Para muitos, é a única escolha, ou a única maneira, por não terem outras alternativas. Mesmo assim, vivem contentes e satisfeitos. Não se perturbam com a realidade que os envolve. Constroem e conduzem de acordo com as possibilidades. Com certeza, serão pessoas saudáveis e felizes.

Tento pensar nessas situações e nessas realidades. Tento entender certas atitudes e certas decisões. Vejo ser difícil. Vejo que estamos cercados de mistérios. Cada ser humano é um mistério.

Cada jeito de ser é um mistério. Cada história de vida também é um mistério.

Por vezes, pergunto a mim mesmo: como tal pessoa consegue ser alegre e transparecer felicidade vivendo num barraco, não tendo conforto, não tendo alimento suficiente, tendo tantos filhos, enfrentando dificuldades enormes em educá-los e sustentá-los e, mesmo assim, demonstrar ser forte e vencedora? São situações difíceis de entender. É mais cômodo ficar na admiração e permanecer covardemente distante. 

E o que dizer dos inúmeros jovens que, apesar de todo o conforto em que se encontram, decidem abandonar tudo e assumir um jeito diferente de ser e de viver? Jovens que decidem corajosamente por uma vida de pobreza e de castidade? Jovens que passam a viver uma vida de consagrados entregues à oração, meditação e  contemplação?

Creio que seja uma tentativa muito séria de resposta a esse mundo desumano entregue ao fácil, ao cômodo e ao superficial. Ainda existem jovens generosos com Deus. Ainda existem esses jovens desprendidos dos bens materiais, vivendo a fraternidade e a comunhão. Creio não ser fuga, mas opção consciente de vida.

Creio serem pessoas suficientemente amadurecidas no amor e na solidariedade. Creio estarem conscientes dos valores espirituais e sobrenaturais selecionados para compor a bagagem de estudo e de vivência diária.

São jeitos de viver que nem todos alcançam e entendem. São segredos reservados aos corações inquietos, que não sossegam enquanto não encontrarem um meio e um ambiente em que possam saborear a paz de espírito e a comunhão consigo e com Deus.

São jeitos de ser que nem todos têm acesso. São jeitos de ser que é preciso respeitar, pois cada ser humano tem direito de escolher seu próprio caminho e seu modo de viver, desde que não interfira e não despreze outras escolhas e outras maneiras.

E a sociedade precisa saber disso. As pessoas precisam ter consciência disso. Pois a grandeza da humanidade se revela enquanto houver diversidade de pensamentos, de crenças, de filosofias e de ideologias.

 




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