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Operação Coffee Break apura se 'cafezinho' comprou cassação de Bernal


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  • mell280

25/08/2015 11h16

Operação Coffee Break apura se 'cafezinho' comprou cassação de Bernal

Waldemar Gonçalves e Wendell Reis


 A Operação Coffee Break, deflagrada nesta terça-feira (25) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), decorre da junção de suspeitas levantadas durante a Operação Adna, feita entre 2013 e 2014, e a Operação Lama Asfáltica, tornada pública em julho deste ano. O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), e o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), devem ficar afastados de seus cargos até o fim de investigação sobre eventual compra de votos de vereadores na cassação de Alcides Bernal (PP), ocorrida em março do ano passado.

As informações são do promotor Marcos Alex Vera, coordenador do Gaeco. Além dos afastamentos, ele também conseguiu do TJ (Tribunal de Justiça) 17 mandados de busca e apreensão, a maioria na residência de vereadores, e a condução coercitiva de 13 pessoas, sendo nove parlamentares, um ex-vereador e três empresários.

Em resumo, o Gaeco juntou das duas operações – a Adna feita por ele próprio e a Lama Asfáltica de competência de órgãos federais – elementos que indicam ter havido um esquema de corrupção para afastar Bernal do cargo. A Coffee Break, inclusive, é alusão ao termo ‘cafezinho’ usado pelos suspeitos e que seria, conforme consta até agora, código para o pagamento de propina.

 Os 13 alvos de condução coercitiva estão sendo ouvidas na condição de investigados, sob suspeita de corrupção passiva e ativa, segundo explica o promotor. Olarte e Mario Cesar estão proibidos de entrar na Prefeitura e na Câmara Municipal, respectivamente, tiveram seus celulares apreendidos, e as investigações a princípio não têm prazo para terminar, ainda conforme detalha Marcos Alex Vera.

As decisões em favor dos pedidos do Gaeco foram dadas pelo desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva. Ele é, também, relator de ação na qual Olarte figura como réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em denúncia decorrente do levantado na Operação Adna – a suspeita é de que o então vice-prefeito teria articulado esquema com agiotas para levantar fundos em troca de favores políticos.

Entre os mandados de busca e apreensão está o da apreensão de celulares dos vereadores da bancada do PTdoB: Flávio César, Eduardo Romero e Otávio Trad. O primeiro, vice-presidente da Câmara Municipal, deve se pronunciar na tarde desta terça sobre quem assume a Prefeitura – ou seja, Campo Grande está sem prefeito.

Já os empresários ouvidos são João Amorim, João Baird e Fábio Portela Machinsky. O primeiro, dono da Proteco Construções Ltda., mantém vários contratos milionários com o poder público e seria um dos principais nomes no suposto esquema investigado na Lama Asfáltica; o segundo também é suspeito na operação, além de dono da Itel, outra frequente negociadora com agentes públicos, e que teria ligação com Fábio Portela, por sua vez diretor de finanças do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação).





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