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Índios invadem fazenda e atacam produtores em Caarapó


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  • mell280

09/12/2014 19h23

Índios invadem fazenda e atacam produtores em Caarapó

Propriedade foi invadida no último domingo (07).

CE


Equipes da Força Nacional estão em Caarapó (MS) aguardando uma liminar para entrarem em uma propriedade rural invadida por cerca de 50 indígenas na manhã do último domingo (7).

A etnia da tribo ainda é desconhecida e suspeita-se que os índios tenham vindo de outra área desocupada na vizinha Dourados e se instalaram próximo à fazenda Nossa Senhora Aparecida, no local conhecido como “Toca do Jacaré”, que é chamado pelos indígenas de “Tey Juçu” (aquilo que sempre foi) e que, segundo eles, pertencem à totalidade da Tekoha Guaçu (grande território) que se estende para além da aldeia de Tey Kue.

Conforme o CaarapoNews, o proprietário da fazenda, Ademir Bachi, planta soja no local e foi alvo de uma emboscada na tarde de domingo, juntamente com o vizinho e também produtor Olavo Caneppele e sua família. Ontem, segunda-feira (8), um grupo de produtores rurais foram até o local para ver como estava a situação e acabaram sendo recebidos a tiros pelos indígenas, sendo que um dos disparos teria acertado de raspão uma caminhonete.

Com a chegada de mais produtores os indígenas recuaram e retornaram para o acampamento instalado na propriedade invadida. O grupo permanece armado com espingardas, revolveres, lanças, flechas, facões e prometem resistir.

Os Kaiowá reiteram que não deixarão o local. Desta forma decidiram esperar pela finalização dos estudos sobre o território na propriedade ao qual julgam ser deles por direito. A chegada de mais de 600 indígenas oriundos historicamente deste território é esperada pelo grupo Kaiowá, nos próximos dias.

De acordo com o produtor Olavo Caneppele, desde a emboscada que sofreu no final de semana com sua família, ele tem procurado auxilio das forças policiais para que o conflito seja resolvido de maneira pacifica, mas não tem obtido êxito até o momento. “Fiquei o dia todo na polícia e a Força Nacional nos diz que só podem ir até o local com ordem de Brasília, eles estão pouco se lixando conosco”, desabafou.

Caneppele também relatou que os produtores tem um bom relacionamento com os indígenas da Te’Yikuê e que os índios que teriam invadido a propriedade são de outra localidade. ”Esses que estão ai são jagunços, pois vivem com revolveres nas mãos, com flechas, com lanças e estão em rodovia pública atacando pessoas que passam pelo local”, disse.

CIMI
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) divulgou nota dizendo que o que aconteceu foi uma tentativa de atropelamento de um indígena numa motocicleta por uma caminhonete Hilux, o que supostamente teria gerado um clima de indignação e revolta no local. “Por sorte o indígena conseguiu pular da motocicleta e passa bem”, relata o órgão, apesar de o vídeo filmado pela família de um dos produtores não mostrar tal acontecimento.

Ainda segundo relato do Cimi, o grupo que teria atacado os produtores são de Kaiowá, composto por aproximadamente 300 pessoas, mais de 100 famílias, que, segundo eles, retomou na madrugada de domingo, dia 7, mais uma pequena parte deste território, ao qual consideram indígena, no Mato Grosso do Sul.





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  • Nelson Dias12
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