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Moradores experimentam nova 14 de Julho e já pedem lojas abertas até mais tarde


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18/07/2019 10h50 - Atualizado em 18/07/2019 11h54

Moradores experimentam nova 14 de Julho e já pedem lojas abertas até mais tarde

Com a revitalização, a calçada está mais larga, e tem bancos para sentar descansar e apreciar a paisagem

Alana Portela


 Sem o vai e vem de pessoas e veículos, à noite já é possível sentir a transformação na mais tradicional rua do comércio de Campo Grande. A 14 de Julho é outra desde o fim da primeira fase de revitalização. As calçadas ficaram largas, os postes de iluminação modernos, há bancos de concretos e os paralelepípedos tomaram o lugar do asfalto, dando aquele charme especial de interior à rua mais movimentada do Centro.

Quem passa sente várias diferenças, como o fim do tumulto nas calçadas, e aproveita a nova estrutura para apreciar a paisagem e imaginar como deve ficar o céu depois da retirada das fiações expostas.

“Está ficando bonito, é uma inovação e tem que retirar os fios. Venho a cada 15 dias para fazer compras e antes, não tinha onde sentar. Agora tem, até comprei churros e sentei-me para comer, tranquilo. Antigamente, tinha que ficar em pé naquela correria”, comenta o aposentado, Cleto Rodrigues Ferreira, 60 anos.

 
Cleto Rodrigues Ferreira comenta sobre o que achou do visual da 14 de Julho (Foto: Paulo Francis)

Ele esteve no local acompanhado da esposa, Andreia Bertan, a procura de um sofá. Após se cansarem de visitar as lojas, sentaram nos bancos para descansar e jogar conversa fora. No bate-papo, Cleto aproveita para defender outro horário de funcionamento após a conclusão do projeto. “Quando chega às 18h fecha tudo, não fica uma alma. Mas agora, com a iluminação e bancos, as pessoas vão poder vir mais vezes, trazer a família. Lembro da minha infância, a gente vinha olhar as vitrines, tomava sorvete e voltava”.

A esposa Andreia compara a nova 14 com cidade do interior do Paraná. “Está estilo Marechal Cândido Rondon, porque lá que tem um calçadão assim. Está bonito, isso era o que faltava em Campo Grande porque transmite uma sensação de aconchego, dá motivo para querer ficar aqui não é só o atrativo visual”, falou. 

 
O professor Luiz Carlos Saraiva é de Terenos, mas pelo menos uma vez por semana está em Camo Grande (Foto: Paulo Francis)
 
Degilson Alves trabalha na calçada da Rua 14 e contou que as pessoas estão menos apressadas (Foto: Paulo Francis)
 

 

 

 

Degilson Alves trabalha tocando violão e cantando música gospel, sentado no chão da calçada há três meses. Sentiu a dificuldade da crise financeira e resolveu dar a cara a tapa no Centro, para que as pessoas o conheçam e o ajudem.  Nesse tempo, já sentiu a diferença nos negócios. “Estão parando mais para me ouvir. Antes era mais correria, mas quando as obras terminarem vai ficar melhor”.

O professor, Luiz Carlos Saraiva, mora em Terenos, mas uma vez por semana vem com a esposa para Campo Grande fazer compras. Ontem (17), enquanto ela olhava os produtos nas lojas, ele aproveitou o banquinho para sentar e aguardar tranquilamente. “Está diferente em comparação de antes, está mais atrativa e também lembra as praças do interior, bem acomodável”, diz fazendo uma análise da reforma. Após as compras, elas também sentaram no banquinho para descansar as pernas e mesmo do lado de fora, conseguiram ver peças de roupas que estão nas vitrines das lojas. “Se chamar muita atenção, entramos lá e compramos”. Mas as duas sentiram falta de algo importante, as árvores ao redor para fazer sombra. "Ficaria bem mais fresco"

O vendedor, Hudson Luis Reinaltte, está todos os dias no centro da Capital, trabalha em uma loja de roupas e comentou que o novo visual da 14 de Julho está chamando a atenção da clientela. “Todos os dias têm gente sentando, querem ver de perto, pois agora o local está mais moderno. Quando colocarem o relógio vai melhorar o movimento ainda mais, tem muitas coisas pela frente”.

Lixeira e bancos de concretos para a população sentar (Foto: Paulo Francis)Lixeira e bancos de concretos para a população sentar (Foto: Paulo Francis)

Roberto Benites é cadeirante e relatou que sempre está na Rua 14 de Julho para pagar as contas e distrair a cabeça. Além da estética, ele comenta que o local está melhor até para se locomover com a cadeira de rodas. “Com as calçadas largas, é menos empurra-empurra. Era difícil de se mover e não podia ficar parado porque as pessoas trompavam, mas agora melhorou”, falou.

O casal, Nelson e Lúcia Medeiros é aposentado e vai ao Centro uma vez por mês. “Já tínhamos visto algumas coisas antes, mas está ficando bom. Esse calçadão nos faz lembrar de Araçatuba, SP. Foi onde nasceu uma das nossas filhas e íamos para lá quando dava. Dá saudade, mas é um sentimento bom não aquela melancolia”, contaram.

 

 
O casal, Lúcia e Nelson Medeiros falam sobre as lembranças que o visual da rua traz para eles (Foto: Paulo Francis)
 
Roberto Benites é cadeirante e mencionou que além da beleza, agora está mais fácil para se locomover no centro (Foto: Paulo Francis)
 

Obra - As reformas da Rua 14 de Julho fazem parte do projeto "Reviva Campo Grande" que começou em 2018, com a proposta de dar "cara nova" ao Centro da Capital. As obras começaram no trecho da 14, entre a Avenida Fernando Corrêa da Costa e a Rua 26 de Agosto. Depois foram para a rua 26 de Agosto à Avenida Afonso Pena e continua até o cruzamento da da Avenida Mato Grosso.  

Alguns locais já foram liberados, como o trecho entre as Ruas Maracaju e Antônio Maria Coelho, onde já estão instalados os bancos e as lixeiras de concreto. O projeto faz a redução da faixa de rolamento, ampliação de calçadas, conversão das redes aéreas para subterrâneas e a implantação de paisagismo no passeio público. 

Com a reforma, edifícios históricos da Rua 14 de Julho receberão em suas fachadas placas com QR Code para que as pessoas tenham acesso instantâneo à história completa das construções.

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Rua 14 de Julho, no trecho entre a rua Dom Aquino e rua Cândido Mariano antes da reforma (Foto: Divulgação)
 
Rua 14 de julho, entre o trecho da Afonso pena e 15 de Novembro está sendo revitalizada (Foto: Paulo Francis)
 
 





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