Como a versão Active não costuma chegar no Brasil, a opção para quem deseja ter o telefone é a importação. Se você está em dúvida se vale a pena comprar a variante resistente em vez do Galaxy S8 comum, confira neste comparativo o que muda entre os aparelhos.

Testamos o Galaxy S8: celular é o Android mais poderoso à venda no Brasil

Em sua quarta geração, a linha Active é voltada para quem trabalha com serviços pesados ou faz atividades em que o risco de queda do aparelho é grande. Por isso, a versão super-resistente do Galaxy S8 traz fabricação com materiais militares, como vidro à prova de rachaduras e metal duradouro. As quinas da tela, normalmente, as partes mais sensíveis de um celular, também foram reforçadas para evitar rachaduras frequentes, como no S8 comum.

Por conta de todo esse reforço na resistência, os usuários encontrarão medidas bastante distintas entre os aparelhos. Enquanto o Galaxy S8 comum tem 8 milímetros de espessura e 155 gramas, a versão Active possui 9,9 mm e 208 g. A variedade de cores também é menor: apenas cinza e dourado no modelo resistente; enquanto o outro chega nas opções preto, ametista, prata e, a mais recente, dourado.

Ambos os celulares da Samsung possuem proteção IP68 contra água e poeira, o que significa que eles podem ser mergulhados em até 1,5 metro de profundidade por 30 minutos. No entanto, o Galaxy S8 Active tem um certificado a mais: MIL-STD-810G. Trata-se de um padrão emitido pelo Exército dos Estados Unidos para produtos civis e militares, com até 24 métodos de testes de condições extremas como grande altitude, radiação solar, choque térmico, entre outros.

A Samsung mudou pouco os números do display do Galaxy S8 Active. O aparelho mantém a tela de 5,8 polegadas com resolução QHD+ (2960 x 1440 pixels) e densidade de 570 pixels por polegadas do modelo original, bem como a função Always On. No entanto, as bordas da versão resistente são levemente maiores, com a tela Gorilla Glass 5 ocupando 81,5% da frente contra 83,6% do S8 comum.

Ao contrário dos modelos anunciados em março, o Galaxy S8 Active não chega com tela curva nas laterais. Isso significa que o usuário não terá atalhos para aplicativos e contatos, que podem ser arrastados a partir das extremidades esquerda ou direita. Por outro lado, ganha-se em resistência, uma vez que o vidro do display está menos exposto.

No que diz respeito à qualidade de imagem, é provável que haja pouca ou nenhuma diferença entre as duas versões do Galaxy S8. A relação entre tamanho de tela e resolução é ótima, o que significa que o aparelho deve apresentar textos nítidos, imagens de qualidade e pixels praticamente impossíveis de enxergar no display.

Nada muda nos números para quem busca fotografias: ambos os celulares trazem sensor principal de 12 megapixels, com abertura f/1.7, foco de detecção de fases e flash LED simples. Além disso, os Galaxys S8 podem gravar vídeos com resolução 4K (2160p) ou em câmera lenta HD, contando com o apoio da estabilização óptica de imagens (OIS) para gerar resultados menos tremidos.

As selfies também continuarão na mesma: resolução de até oito megapixels, com abertura de f/1.7 e foco automático. Há ainda a possibilidade de fazer gravações com o sensor frontal em QHD (1440p), além de uso em chamadas do WhatsApp e Skype ou histórias do Instagram. Por fim, a Samsung incluiu a pesquisa visual da assistente Bixby para ambas as câmeras.

Anunciado apenas para os Estados Unidos, por enquanto, o Galaxy S8 Active vem com um processador Snapdragon 835 com quatro núcleos de 2,35 GHz e quatro de 1,9 GHz. Já a versão brasileira do S8 possui um chip Exynos 8895 octa-core, com quatro núcleos de 2,3 GHz e quatro de 1,7 GHz. Fora isso, o restante da ficha técnica é igual: memória RAM de 4 GB, armazenamento de 64 GB e entrada para cartão de memória de até 256 GB.

Dada a paridade entre as especificações dos aparelhos, a expectativa é que o usuário encontre pouca ou nenhuma diferença de desempenho entre os Galaxys S8. Inclusive, porque tanto o processador Snapdragon como o Exynos são fabricados em parceria entre a Qualcomm e a Samsung com arquitetura de 10 nanômetros (nm) e foco em economia de bateria. Ambos possuem ainda entrada USB-C, para fones de ouvido e conectividades 4G, Wi-Fi, Bluetooth e NFC, sendo que apenas o S8 comum pode ser usado com dois chips de operadora.

Os smartphones da Samsung trazem ainda Android 7.0, com a personalização TouchWiz e diversos recursos exclusivos da fabricante. Entre eles, está a assistente virtual Bixby e o suporte ao DeX, acessório que transforma o celular em um computador de mesa com o auxílio de teclado e mouse. Além disso, há reforços na segurança com o leitor impressões digitais e o scanner de íris para desbloquear o aparelho sem digitar a senha.

Partindo para o quesito bateria, o Galaxy S8 Active recebeu um grande reforço: são 4.000 mAh contra 3.000 mAh do modelo comum. Assim, a previsão é que o telefone resistente dure muito mais do que a versão convencional, chegando a até 32 horas em ligações, segundo a fabricante. Há ainda funções importantes como a recarga rápida, carregamento sem fio e o modo de ultra economia de energia.

Ao contrário das versões convencionais, as chances de o Galaxy S8 Active chegar ao Brasil são bem baixas. Por enquanto, o aparelho é vendido exclusivamente para a operadora norte-americana AT&T por a partir de US$ 699 (cerca de R$ 2.225, em conversão direta, sem impostos). Por aqui, o último lançamento da linha foi o Galaxy S4 Active, de 2013.

Já o Galaxy S8 está disponível no Brasil por R$ 3.699 na versão comum e R$ 4.099 no modelo Plus com tela de 6,2 polegadas, ambos no site oficial da fabricante. No entanto, é possível encontrá-los em lojas online com preço inicial de R$ 2,9 mil e R$ 3,1 mil, respectivamente.

Com tantos reforços e mudanças no design, o Galaxy S8 Active é um produto voltado para um nicho que se importa mais com a resistência do que com a beleza de um telefone. O aparelho mantém o bom desempenho do modelo comum sem que o usuário esteja tão sujeito a danos. Além disso, há a bateria “gigante” de 4.000 mAh, que deve garantir mais algumas horas longe de tomadas.

Já o Galaxy S8 comum continua uma boa opção para quem é mais cuidadoso e não expõe seu telefone a tantos riscos. Além de trazer um design compacto e refinado, o telefone ainda conta com as bordas curvas e cheias de atalhos e funcionalidades. Por fim, trata-se da opção com maior variedade de cores para quem gosta de celulares personalizados.

Caso ainda não tenha decidido ou não esteja disposto a importar o S8 Active, uma boa saída pode ser esperar o Moto Z2 Force. O aparelho da Motorola chegará ao Brasil com memória RAM de 6 GB e display ShatterShield "inquebrável", segundo a fabricante. Além disso, considere outras opções como o LG G6 e o Xperia XZ Premium ou aguarde lançamentos como o iPhone 8 e o Galaxy Note 8 nas próximas semanas.