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Azambuja protesta contra novas exigências do BB ao produtor rural


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  • mell280

09/02/2011 08h24 - Atualizado em 09/02/2011 07h33

Azambuja protesta contra novas exigências do BB ao produtor rural

Azambuja protesta contra novas exigências do BB ao produtor rural

Kelly Venturini com Claudivan Santiago



A pedido do Deputado Duarte Nogueira, o tucano sul matogrossense Reinaldo Azambuja representou a Bancada do PSDB, participando na tarde desta terça-feira, 8, da reunião na sala da presidência da Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara, onde junto de outros parlamentares protestou, veementemente, contra a decisão do Banco do Brasil de exigir averbação da Reserva Legal como condição para concessão de crédito aos produtores rurais.

 

A reunião contou com a presença do vice-presidente de Agronegócios do BB, ex-ministro da Agricultura Luiz Carlos Guedes, de diretores da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), representantes de diversas entidades do setor e dos deputados Moacir Miquelleto, Ronaldo Caiado, Abelardo Lupion, Moreira Mendes e Neri Gueller.  

 

Os deputados disseram que é inaceitável que o banco esteja enviando cartas aos produtores condicionando a liberação de novos créditos rurais à averbação da reserva legal, uma vez que tal exigência foi suspensa pelo próprio Governo Federal até junho deste ano. Moreira Mendes lembrou ainda, que o Banco do Brasil tem uma história de parceria bem-sucedida com o produtor rural, mas que “esta imagem pode ser arranhada”.

 

Os parlamentares questionaram o vice-presidente de Agronegócios do BB especialmente sobre a polêmica assinatura do banco na Moratória da Soja, documento que tem como um dos subscritores a Ong internacional Greenpeace, que, segundo Moreira, “age em defesa de interesses internacionais, e não do Brasil”. Por meio do documento, a Abiove – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – “se compromete a não comercializar soja oriunda de áreas desflorestadas dentro do Bioma Amazônia’.

 

Em consonância com Moreira, seguiram os comentários de Azambuja, que há muito tem alertado os produtores em seu Estado de origem, o Mato Grosso do Sul – recentemente afetado com portarias que prevêem demarcações de terras e tem afetado a economia do Estado como um todo – “ Mais uma vez temos provas de que ações Ong’s agem em defesa de interesses internacionais, que não querem de forma alguma o nosso crescimento, o nosso desevolvimento”. Completou.

 

A maior polêmica, advertiram os deputados, está no artigo 4º, em que o Banco do Brasil apoia a iniciativa da Abiove e se compromete a “não financiar a produção em áreas desflorestadas na Amazônia e a exigir a regularidade ambiental das propriedades rurais localizadas no Bioma Amazônia na concessão de financiamentos”.

 

“Eu acredito na seriedade do Banco do Brasil, mas considero este caso uma afronta ao País e principalmente ao nosso produtor rural. (O BB) quer fazer um documento? Que faça! Mas vá procurar outra entidade, como a Embrapa”, sustentou.

 

Luiz Carlos Guedes informou que o banco está apenas obedecendo a legislação.

 

Nesta quarta-feira, os membros da Comissão de Agricultura, e das frentes parlamentares da Agropecuária (FPA) e do Cooperativismo (Frencoop) participarão de novas reuniões para discutir o assunto, inclusive com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Azambuja estará presente e deve colocar mais uma vez a posição contraria da bancada ao que ele classificou como sendo um desrespeito ao produtor.

 





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